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sábado, 5 de novembro de 2011

Ermo.

Sabes aquele livro velho que você já o leu incontáveis vezes e se surpreendia todas as vezes ao ler o final? Aquele livro que estava em estado deplorável, com as páginas desgastadas, amareladas, visualmente perceptível a degradação que o tempo provocou nele? Aquele seu livro de cabiceira, que você orgulhosamente diz saber todas as frases de efeito e o contexto da história, tendo a capacidade de puxar o conto da memória e narrá-lo em detalhes? Aquele livro que você indica para todos, mas o seu exemplar não sai do seu quarto? Sabe? Aquele livro que você jura que foi feito pensado em você, que te entende, e parece citar conselhos quando você precisa deles? Aquele livro, que por mais que você cuidou, e ainda cuida, o tempo conseguiu atingi-lo... Pois é, aquele livro agora virou borrão, páginas molhadas com o café mais amargo já encarado, letras viraram um aglomerado de tinta, preta, desenhos abstratos... É, aquele livro... Agora permanecerá fechado, sem a utilidade que tinha, de confortar-te, aconselhar-te, estar contigo... Agora virou alimento para o fogo e só sobrou seu espaço na estante, que agora permanecerá vazio... Aquele livro, já não é mais palpável e o que restou foi suas palavras que lhe faziam tão bem, as risadas que lhe proporcionava, e as lembranças dos dias em que acompanhava-te aos passeios solitários, longíquos e tranquilos. O título? O amor que plantou em mim.